sábado, 27 de novembro de 2010

Mais um ano bom para a construção

O setor da construção civil deve manter o pique dos últimos meses e iniciar 2011 aquecido. É o que mostrou o resultado mensal de outubro da Sondagem da Construção Civil, divulgada, ontem, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Pelo documento, o nível de atividade do segmento manteve-se em expansão no período, cujo índice atingiu 53,8 pontos, o mesmo de setembro.


Setor da construção manteve-se aquecido em outubro
É o nono mês consecutivo que o setor apresentou aumento. Os indicadores do levantamento variam em uma escala de zero a cem, onde índices acima de 50 pontos indicam crescimento ou boas perspectivas de aquecimento. O material foi elaborado entre os dias 29 de outubro e 19 de novembro, com 423 empresas, sendo 198 pequenas, 169 de médio porte e 56 grandes.

De acordo com a CNI, ´o crescimento da atividade no setor da construção civil é sustentado pelas grandes empresas, com indicador de 58 pontos, uma vez que os ritmos de crescimento das médias empresas (51,5 pontos) e das pequenas (52 pontos) forammais modestos (quanto mais próximos de 50 pontos, menor a intensidade do crescimento)`.

Dentre os segmentos analisados pelo órgão, serviços especializados registraram maior expansão em outubro, com 53,1 pontos. Construção de edifícios, marcando 52,9 pontos no mês, ficou em segundo lugar e obras de infraestrutura atingiram 51,8 pontos. A sondagem também mostrou que o empresariado do setor continua otimista para os próximos seis meses, com as variáveis acima dos 50 pontos.

Apesar dos números favoráveis, o momento é de cautela, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE). ´O ano foi bom, mas o governo federal, em fase de transição, já anunciou que 2011 poderá ter diminuição da atividade econômica. No caso de Pernambuco, é necessário interiorizar os empreendimentos para manter o crescimento do setor`, opinou Gustavo Miranda, vice-presidente da entidade.

A opinião do Sinduscon-PE pega carona na sondagem da CNI, já que as expectativas ficaram abaixo da pesquisa anterior. Entre os executivos das empresas mais expressivas do setor, as previsões relacionadas ao nível de atividade caíram de 60,8 para 59,5 pontos, enquanto serviços e novos empreendimentos sofreram queda. ´Entendemos que o primeiro semestre de 2011 serão de ajustes, mas o setor continuará em ascensão`, completou Miranda.

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